segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Afetividade e Educação


AS EMOÇÕES COMO ELEMENTOS FACILITADORES DA APRENDIZAGEM
" Educação: A solução está no Afeto."
Gabriel Chalita

INTRODUÇÃO
Esquecemos na escola de um momento para conhecer a clientela que ela tem: quem são seus alunos? De onde vêm? Em que trabalham? Quem são seus pais? Que infâncias têm ou tiveram? Por que e para quê estudam? Quais seus nomes? Seus endereços? Seus passatempos? Na verdade, o tempo que temos não é tão disponível para responder a essas perguntas sobre cada um das centenas de alunos que temos. Acreditamos, porém, que o professor não está pensando nesses "detalhes" quando prepara o seu plano de curso, a sua aula. E isso precisa ser revisto, debatido, refletido. A relação afetiva professor-aluno reflete bons resultados na aprendizagem, pois aquele aluno que vê, em seu professor, um amigo, um companheiro, um colaborador, evita causar-lhe desgostos, quer ser como ele, o tem como alguém da família e, assim, adota, quase que inconscientemente, uma conduta de respeito, cooperação e atenção nas suas aulas, frutificando uma assimilação mais rápida e consistente do conteúdo por ele ministrado.

Não podemos, no entanto, desprezar os primeiros anos de vida da criança que são a base para um desenvolvimento saudável de sua personalidade, observando sobretudo a relação que a criança tem com sua mãe poderemos entender a constituição de um adulto com afetividade bem ou mal construída. Muito menos podemos depreciar os fatores sociais, culturais, religiosos, genéticos e neurológicos que podem interferir significativamente na aprendizagem.

A afetividade constitui-se fator essencial na vida escolar, devendo pois o professor, sobretudo da Educação Infantil, estar ciente dos problemas que pode enfrentar e estar preparado para resolvê-los. Isso porque muitas crianças revelam rejeição à escola devido a uma primeira infância tumultuada e carente de afetividade, principalmente da figura materna.


A CONSTRUÇÃO DOS AFETOS NA VIDA DA CRIANÇA


Na escola, a afetividade vem sendo debatida e defendida há alguns anos por psicólogos, pedagogos, psicopedagogos, profissionais da educação e saúde em geral. Porém, percebemos ainda uma grande defasagem em prestar um serviço profissional que alie suas técnicas próprias à uma interação eficaz de desenvolvimento de um relacionamento baseado no emocional. Professores e educadores que incluíram essa teoria no seu cotidiano apontam para os evidentes resultados positivos que conseguiram alcançar. Mas, antes de pensarmos na escola como ambiente para desenvolvimento da personalidade da criança, devemos alertar para o fato de que esta criança, ao entrar na escola, já tem uma vida cheia de experiências, estímulos e respostas que aprendeu a dar diante de determinadas situações de sua vida diária.

Relação-Mãe- Filho:
A problemática emocional está ligada aos conflitos interiores e dispersão do indivíduo, o que dificulta sua interação com o meio, prejudica sua capacidade de atenção, concentração e de relacionamento interpessoal. A figura materna tem papel decisivo na "prevenção" desses problemas. O afeto que ela dedica à criança, especialmente nos cinco primeiros anos de vida, é responsável por grande parcela da sua personalidade na vida adulta, pois a ligação mãe-filho nessa faixa etária é muito intensa e a criança se fixa na mãe, tendo-a como exemplo e modelo para suas atitudes futuras.

NOVAES (1984) nos mostra que a carência afetiva determina uma série de fatores que prejudicam o desenvolvimento global da criança, tanto no âmbito físico como psíquico. Essa carência pode ser identificada pela incapacidade do indivíduo em manter trocas afetivas normais com outros seres humanos. Segundo ela, esses sintomas diagnosticados na escola é conseqüência de um descontrole na relação mãe-filho, pois tanto a carência como o excessivo cuidado pode acarretar problemas emocionais graves na criança pequena.

Na escola, a criança terá dificuldades de adaptação ao meio de acordo com o grau de relacionamento com a mãe. Ao nascer, a criança se fixa naquela pessoa que ela considera de sua posse, no caso a mãe. Na escola ela terá de se relacionar com um número bem maior de pessoas ao qual está acostumada e isso é um fator importante na avaliação do desenvolvimento emocional da criança, funciona como um teste. Através dele podemos definir novos rumos na educação da criança e dos seus pais. A socialização com outras crianças de sua idade e professores é uma nova etapa no processo de formação da personalidade da criança e deve ocorrer de forma saudável. A escola deve oferecer um ambiente que evite a criança desenvolver angústias e mal-estar, característicos do afastamento da figura materna.

Primeiro Professor:
Há, dessa forma, uma grande importância do primeiro professor da criança, pois ele será, paraela, a substituição da mãe. Cabe então a esse profissional o devido cuidado de manter um bom relacionamento que dê continuidadeà relação saudável mãe-filho ou alterar seu comportamento para elevar a afetividade de uma criança que demonstra problemas emocionais decorrentes da relação que tem com sua mãe. Sendo assim, o professor não pode estar alheio à vida do aluno. É necessário que ele conheça os pais, seus problemas físicos, psíquicos e um pouco da vida que levava antes de ingressar na escola. Só assim poderá entender as dificuldades na adaptação da criança ao novo meio e no processo de aprendizagem.

Tanto o excesso como a falta de afeto pode prejudicar a aprendizagem. Por isso, sua maturidade afetivo-emocional deve estar até certo ponto desenvolvida quando esta é levada a ingressar na escola. Esse grau de maturidade é o que vai definir os rumos do desenvolvimento cognitivo da criança e para que tudo corra bem ela precisa ter um clima de segurança emocional tanto em casa como na escola.

Problemas Emocionais e Psíquicos:

Problemas físicos e psíquicos são facilmente identificados como indicadores dos problemas de adaptação e aprendizagem das crianças na escola. Não podemos deixar de lado os problemas emocionais. A escola e professores, especialmente os de maternal, devem prever e estar preparados para atender prontamente essas crianças com problemas emocionais decorrentes de sua relação familiar, propiciando-lhes um clima de estabilidade emocional e contribuindo para que o ingresso e permanência da criança na escola ocorram de maneira normal e tranqüila, onde haja uma socialização efetiva dessa criança com os professores e funcionários da instituição bem como com as demais crianças. O nível de aprendizagem deve ser avaliado observando o fator emocional que condiciona a criança a ter certas atitudes como desatenção, falta de concentração, apatia, agressividade ou indiferença, dificultando seu desenvolvimento cognitivo.

Problemas de natureza emocional e psíquica devem ser trabalhados em conjunto com a escola, família e um profissional, psicólogo ou psicopedagogo, que estará responsável pela avaliação e intervenção terapêutica auxiliada pelos professores e familiares da criança.

Fonte: http://www.webartigos.com/articles/8654/1/Afetividade-E-Educacao/pagina1.html#ixzz0zSm3469c

Conclusão:
Falar, então, de afeto na educação, é propor, antes de qualquer coisa, atitudes de auto-educar para amar e educar com amor. E, para tanto, é preciso lembrar que o aprender e ensinar é um processo relacional, pois não há outro meio dele acontecer com eficácia, sem considerar sentimentos, desejos e diferenças individuais dos envolvidos nesta relação.

É pensando nesta possibilidade que a escola precisa se comprometer com a implantação de um projeto que visa mudanças significativas no relacionamento afetivo entre alunos e toda a equipe escolar, diariamente, por meio de atividades que proporcionem o prazer de educar com afeto.

3 comentários:

Neuza disse...

Olá muito bom seu blog,Parabéns, gostei muito.....

Anônimo disse...

muito bom, mimahjudou no meub trabalho da faculdadr

Liliane disse...

Adorei seu texto, seu blog... é muito bom!!!!
Parabéns pela dedicação às crianças, ao seu trabalho com elas!!! Vendo pessoas como vc confesso que ganho ânimo pra seguir essa profissão...
Um bj!!!!

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